quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CARACTERIZAÇÃO RUMO À ESCRITA E À LEITURA

PRÉ-SILÁBICO I


O esquema de pensamento que caracteriza o nível pré-silábico 1 tem como hipótese explicativa da escrita de que escrever é desenhar e que ler é interpretar imagens ou figuras. Para um aluno neste nível, a escrita tem que apresentar os traços figurativos do que se quer aprender.
Para ele, escreve-se árvore fazendo um desenho que tem aspecto de árvore.

Por outro lado, só se lê em figuras, fotos e imagens. Impossível ler em pura letra.
Para o aluno neste nível as letras são objetos que não tem a ver necessariamente com a produção de escrita. Portanto para ele, os métodos convencionais que começam com palavras escritas ou mesmo com letras isoladas não lhe fazem nenhum sentido.



PRÉ-SILÁBICO II
Neste nível, os sujeitos que aprendem tem uma visão sincrética dos elementos da alfabetização. Letras podem estar associadas a palavras inteiras, portanto representam um ente global, por exemplo, quando eles se referem à “minha letra”, isto é, à letra de seu nome. Por outro lado, uma página inteira de letras pode corresponder a uma só palavra. Não há discriminação das unidades linguísticas e, sobretudo, há completa ausência de vinculação entre a pronúncia das partes de uma palavra ou de uma frase e sua escrita.

Pré-silábico II: A criança não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
Podemos dizer que algumas das ideias veiculadas neste nível são:
“Está escrito o que eu desejei escrever”;
“A escrita das palavras não é estável. Numa fase ou num texto o código pode mudar”;
“Basta ter a inicial para caracterizar uma palavra”;
“A ordem das letras na palavra não é importante”;
“Letras e números são a mesma coisa, ou são sinais parecidos”;



Silábico
Silábico: interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada letra;
Realmente, o que define o nível silábico é a segmentação quantitativa das palavras em tantos sinais gráficos quantas são as vezes que se abre a boca para pronunciá-las.

Por exemplo, CAL para cavalo ou
TOAT para tomate

A criança já supõe que a escrita representa a fala;
- tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
- já supõe que a menor unidade de língua seja a sílaba;
- em frases, pode escrever uma letra para cada palavra


Alfabético
A criança se dá conta que há algo incoerente na sua escrita que necessita ser alterado.
- inicia a superação da hipótese silábica;
- compreende que a escrita representa o som da fala;
- passa a fazer uma leitura termo a termo; (não global)
- consegue combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável.

O aluno começa escrever alfabeticamente algumas sílabas e para a escrita de outras permanecem silábicos, isso porque podem considerar como sílaba completa algumas letras por exemplo:”g” em gelo e outras.

As vezes, a criança ainda não divide a frase convencionalmente e sim de acordo com o rítimo frasal.
Ex: omininu comeum doci.

O desafio agora é caminhar em direção à correção ortográfica e gramatical.



Alfabetizado
A criança: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.
- compreende que a escrita tem função social;
- compreende o modo de construção do código da escrita;
-Mas ainda pode ter alguns problemas de escrita;

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